Quando nos aparece à frente um jogo com o nome de 'Gods' (Deuses), imediatamente se pensa que esse jogo foi feito por Peter Molyneux e sua equipa. Este senhor fez tantos jogos bons onde se tem o papel de "Deus"; há quem pense que ele próprio é um "Deus". E tudo o que ele sempre quis foi mostrar ao mundo o que seria ser "Deus" - sempre só mas controlando tudo o que vive no mundo. O sonho para nós, um pesadelo para quem realmente tem essa responsabilidade.
Mas, voltando à realidade, 'Gods' não é um jogo de Peter Molineux, é apenas um jogo de plataformas muito bom onde jogamos com um herói cuja face está oculta por uma mascara.
O jogo não tem um enredo específico, por isso é um pouco incerto porque razão lhe chamaram 'Gods'. Seria mais lógico terem-lhe chamado "O homem com a mascara de ferro". Mas chega de divagações, vamos lá dar uma boa olhadela ao jogo.
À primeira vista, surgem-nos uns gráficos espantosos. O aspecto geral do jogo é muito bom, as animações dos personagens são excelentes e os gráficos mantêm as sua qualidade ao longo do jogo. Cada um dos "níveis grandes" - chamados "Wold" (mundos) e que são 4 no total - tem características e personagens próprios. O único pequeno ponto crítico que encontramos é que o herói se move como um "pato". Ele não corre devidamente e quando salta parece que precisa de tomar umas "vitaminas"
O som durante o jogo também é muito bom. Todas as acções, como apanhar um objecto, uma moeda a cair no chão ou abater um inimigo produzirá um som único e característico. Isto dá a todo o jogo uma sensação extra de que se está a explorar um mundo realmente vivo, e podemos confiar no que ouvimos quando algo se aproxima.
A coisa mais importante em qualquer jogo é: a jogabilidade. Em 'Gods', a jogabilidade é variada e combina diferentes estilos dentro de um único jogo. Na maioria do tempo, é um jogo de acção em tempo real: simplesmente há que eliminar uma série de inimigos que nos aparecem à frente. Mas não há só acção, às vezes há que encontrar chaves e alavancas para se poderem abrir portas para os próximos níveis. Há ainda uns quantos quebra-cabeças, onde é necessário executar uma determinada sequência para se conseguir a "chave certa". Não é muito difícil, mas mantêm-nos atentos ao jogo e torna-o mais variado.
'Gods' não tem nenhuma opção para gravar o jogo, portanto quando começarem, têm de o acabar. Não é assim tão difícil, mas pode ser muito frustrante para os jogadores menos experientes. Penso que uma opção de "gravar o jogo" deveria ter sido implementada depois de se concluir cada um dos "mundos". Compreende-se a frustração de quem consegue finalmente chegar ao nível onde está o "Boss" (que preenche todo o ecrã e tem um aspecto espectacular) para depois "morrer" numa questão de segundos, tendo depois de começar tudo do início. Mas não deixem que isso vos assuste muito. O jogo não é assim tão difícil (apenas um dos níveis é difícil), portanto com um pouco de prática e paciência, é possível terminar os níveis muito mais rápido que no período inicial.
Quando chegou à altura de atribuir um voto a este jogo, só consegui pensar em 'Price of Persia-Sands of time' (POP). Esse jogo (POP) tinha muito bom aspecto, tinha bons sons e na generalidade era um bom jogo de acção sobre plataformas. Mas tal como 'Gods', falta qualquer coisa que o tornasse especial. (Poderão reparar que nestes dois jogos não se pode escolher o nível de dificuldade).
Finalmente, decidi dar a este jogo a nota 4 porque penso que lhe faltou qualquer coisa que lhe desse uma identidade e o tornasse num verdadeiro clássico. No entanto, o jogo é muito bom e todos os que gostam de jogos de acção / plataformas deveria experimentar jogá-lo. Para quem nunca jogou POP, experimente 'Gods' e veja se gosta deste tipo de jogos.
NOTA: antes de iniciar o jogo deve-se correr o ficheiro "install.exe" e verificar se a pasta onde o jogo foi colocado está correcta; depois é só correr o ficheiro "gods.exe".