Estava realmente chateado com o meu irmão por ter vendido seu velho Commodore 64 (eu queria o). Decidi comprar um para mim (e comprei um em segunda mão - ainda o tenho:) Junto com o computador consegui a unidade de disco e um montão de jogos. Um muito intrigante era Crime Time, ainda que nesses dias sempre terminava o jogo na prisão ou pior.
Muito depois consegui a versão para a PC do jogo (cabia numa só disquete e ainda sobrava espaço), e mesmo assim não pude acabar o jogo.
Agora como jogador experiente dei lhe outra oportunidade e depois de gravar bastante e de recarregar o jogo em vários pontos (sem mencionar a utilização de um guia - o qual tive que alterar porque não estava correcto) finalmente terminei o jogo (observa o último screenshot que o prova).
Bem, o jogo não é nada mau. O som é atmosférico, e melhora a sensação do jogo. Os gráficos de facto são bastante bons (mas não há animações). A interface é bastante simples assim irás te habituar-te rapidamente. No meio existe um número de acções que podes seleccionar, na parte inferior direita está o teu inventário, os objectos com os que podes interagir estão na parte superior do inventário e há uma bússola à esquerda mostrando-te as únicas direcções nas que podes mover-te.
Se desejas ver o menu tão só faz click direito. Agora podes gravar ou carregar o jogo (ou sair se já jogaste o suficiente).
O bom deste jogo é sua história. Começas num mau quarto de um reles hotel, com o teu amigo na cama (ele não é teu amigo em absoluto - não te ajudará nem um pouquinho). Há alguns hóspedes no hotel e todos parecem suspeitos (a excepção do cadáver - está morto e uma vez que revistes o quarto definitivamente descartarás o suicídio).
Os outros hóspedes são o casal em lua-de-mel (quem quer passar sua lua de mel nesse hotel?), o experiente em tecnologia do Japão (que está fazendo aí?) e um jogador de xadrez de classe mundial (eles não pertencem a um lugar como este). Existem outros hóspedes e claro os empregados (mas este não é o típico mistério onde o mordomo é o culpado, assim os empregados não são suspeitos - no entanto são chatos).
Parece que quase todo mundo que conheces está se a por no teu caminho e deves ser bastante cuidadoso. Recorda que todos estão muito ansiosos de incriminar-te do crime, assim realmente deves ter atenção aos teus passos.
Felizmente o teu personagem tem uma visão da vida realmente cínica e provavelmente passou a maior parte de sua vida ébrio (como qualquer Detective Privado o faria - bem, pelo menos é isso que vi nos filmes), assim terão alguns comentários que te farão rir, ou vomitar (dependendo de teu nível de sensibilidade).
No general dou a este jogo um 3. É um jogo que sempre quis terminar, mas uma vez que o fiz, fico com uma sensação de vazio. Agradou-me resolvê-lo (mesmo sendo bastante difícil sem um guia), mas uma vez que tive as soluções o jogo não deixou uma marca em mim (de fato parece bastante fácil). Recomendo a qualquer um que queira resolver alguns quebra-cabeças bastante difíceis (e alguns bastante originais).