Baseado nas histórias de Margaret Weis e de Tracy Hickman, a Legend Entertainment fez um jogo chamado Death Gate.
A magia é baseada em possibilidades. Existe a possibilidade de que a realidade seja um determinado caminho. Imaginem que uma parede de pedra vos bloqueia o caminho. Existe uma possibilidade de que uma porta exista nessa parede. Um feiticeiro molda essa possibilidade até que na realidade essa porta apareça. Todos os feitiços funcionam dessa maneira.
Os "Sartans" foram uma raça de magos poderosos que viveram à milénios atrás. Eles temiam a raça dos "Patryn", pois os "Patryn" também eram capazes de usar magia.
Com medo que os "Patryn" se tornassem mais fortes que eles, os "Sartans" juntaram-se e partiram o Selo do Mundo em cinco partes, fazendo o mundo explodir. A introdução do jogo faz um retrato dos acontecimentos:
"À 2000 anos atrás, o concelho dos Sartans dividiu o mundo em cinco reinos. Um deles era uma prisão de causar pesadelos chamada de Labyrinth, e para ela tinha sido banida toda a raça dos Patryn - os vossos antecessores. Este é o local a que sempre chamaram Lar, e nunca quiseram fugir de lá. O vosso nome é Halpo, e vocês são um Patryn".
A história começa depois do Lord Xar vos ajudar a fugir de Labyrinth. Vocês encontram-se no Nexus, a partir de onde precisam de explorar os outros reinos.
O "Death Gate" é um portal. Este portal interliga os cinco reinos. Com um bom navio e a magia certa, qualquer um pode atravessar o "Death Gate" de um reino para outro.
E é isso mesmo que vocês precisam de fazer. Ao longo das vossas viagens irão encontrar outras raças (anões, elfos, um dragão que é a encarnação do bem, etc...). Pelo caminho precisarão de aprender novas magias, seja por as lerem em livros ou por as verem em acção quando usadas por outros.
A magia é despoletada através do uso de runas mágicas. É importante que saibam isto porque vão precisar de saber pelo menos um feitiço à vossa conta. Em todos os outros basta seleccionarem-nos e as runas orientar-se-ão sozinhas na sequência certa. Todos os feitiços que aprenderem vão surgir na lista de feitiços.
Os gráficos do jogo são absolutamente estonteantes! O jogo foi feito numa resolução de 640x480 com gráficos compatíveis com VESA (infelizmente na versão que apresentamos no nosso arquivo a resolução é só de 320x240 com gráficos VGA). Há algumas cenas animadas no jogo, mas nesta versão muitas delas foram substituídas pelo ecrã do título. Uma grande parte do jogo é mostrada em cenas estáticas com algumas animações. É mais como avançar por um livro interactivo com algumas imagens bonitas do que jogar um jogo de computador que faz bombear toda a adrenalina do corpo. Mesmo assim é exactamente aquilo que eu (e penso que a maioria dos fãs de jogos de aventuras) gosto, neste tipo de jogos.
A banda sonora é simplesmente soberba! Nunca se torna irritante e dá aquele toque mágico. É uma simples trilha sonora com aquele sentimento à Renaissance. O jogo também inclui discursos, que realmente trazem uma profundidade adicional aos personagens (mais uma vez, estes discursos não estão incluídos, no entanto irão ouvir o som Adlib que é de encantar).
O interface do jogo é bastante simples de se entender. Uma vez que se faça clique num objecto com o qual se quer interagir, um conjunto de opções vai aparecer. Também é possível escolher qualquer uma das outras opções do lado esquerdo. Para usar a magia, façam clique sobre o ícone da estrela vermelha ao lado do inventário. Isso irá trazer-vos o menu dos feitiços. Podem fazer clique em "spells" para verem uma lista dos feitiços que já aprenderam, ou podem tentar criar uma sequência com as runas. Depois de fazerem clique em "cast" ser-vos-á dada a opção de executar o feitiço sobre algo ou alguém (incluindo vocês próprios). Para se deslocarem podem fazer clique sobre a parte do ecrã para onde querem ir ou (maneira mais fácil) façam clique sobre as setas da "rosa-dos-ventos".
Cada vez que fizerem algo que vos ajude a avançar, ser-vos-ão atribuídos alguns pontos (verão entre parêntesis os pontos que vos foram atribuídos por uma certa acção). No entanto, não há um propósito real para estes pontos. Apenas lembrem-se de falar com toda a gente e apanharem tudo o que puderem (não importa que aspecto estranho possa ter: como podem uma fatia de pão e um jarro de marmelada fazer-vos chegar ao local de descanso sagrado dos Sartan?).
O jogo não é muito difícil, portanto acho que mesmo um aventureiro sem experiência será capaz de o terminar, embora algumas partes possam requerer um pouco de actividade craniana (mas se tiverem mesmo encalhados podem sempre usar o walkthrough que eu escrevi).
Não se esqueçam de gravar de vez em quando. Embora não hajam partes perigosas, podem sempre ser apanhados ou "mortos" (especialmente quando estiverem perto do fim do jogo). E por agora, chega de conversa. É tempo de atravessar o Death Gate.
Nota técnica:
Este jogo tem de correr a partir da directoria "D:\dgate", portanto descompactem o nosso ficheiro para "D:". Não há som quando o jogo corre no Windows XP, por isso recomendo-vos o VDMSound ou, como é lógico, o DOSBox.