Bureau 13 é uma produção de GameTek baseado no RPG popular de papel-e-caneta com o mesmo nome. Você joga como os membros de uma agência governamental altamente secreta, cuja missão é identificar, seguir e exterminar toda forma de fenómenos paranormais e sobrenaturais. Para conseguir você tem que montar uma equipe usando seus seis agentes Bureau 13, cada um com suas habilidades próprias.
Quando você começar o jogo pela primeira vez, você assistirá um pequeno vídeo realçando a missão. Tome cuidado para ler tudo cuidadosamente, já que as pistas estão escondidas no resumo. Daí é hora de escolher os dois agentes que você usará. Você tem as opções de Issac Richards (o hacker), Delilah Littlepanther (a mecânica), Father Jonathan Blank (o padre) e Jimmy Suttle (o ladrão). Adido a estes "normais", você tem dois sobrenaturais também: Alexander Keltin (o vampiro) e Selma Gray (a feiticeira). Agentes diferentes terão soluções alternativas para os quebra-cabeças, então existe mais de uma maneira de terminar o jogo. Mas sempre tem uma solução para o problema próximo. Se você não puder abrir a fechadura ou usar o vampiro para "atravessar" a porta para entrar em um prédio, você pode simplesmente derrubar a porta (nada muito subtil, mas funciona).
Já que você é um membro de uma agência secreta do governo, camuflagem é enfatizada no resumo da missão. Você deve deixar as coisas do jeito que estavam quando você chegou, o que quer dizer fechar as portas quando você sair - ou sua pontuação cai. Todavia, esta é para mim a coisa mais estúpida e sem sentido do jogo. Eu entendo a importância de deixar uma cena intocável para parecer que ninguém esteve lá, mas...!
Primeiro de tudo, isto é apenas limitado a fechar portas, gavetas, janelas, fechaduras e estas coisas. Você não pode devolver itens que não usa mais, então se você pegar um controle remoto você não pode devolvê-lo ao lugar original. Ainda, você pode quebrar vidro sem perder pontos (Será que ninguém sentirá falta do controle remoto? E quanto uma cena aparentemente intocada tendo uma invasão recente?). Outra coisa que chamou minha atenção é Delilah Littlepanther. Esta belíssima agentes anda por aí usando roupas de baixo, e na parte de cima ela sua uma roupa de batalha enorme, experimental e mecanizada! Se essa é a ideia da agência de manter a discrição, então é um milagre para mim como eles conseguiram ficar secretos por tanto tempo. Eu adoraria ver mais acções possíveis para o jogador. Por exemplo, minha ideia de invasão à uma estação policial não deixaria pistas aparentes (ao menos não enquanto o xerife estiver no hospital). Eu trancaria a porta da sala de provas, colocaria a chave na gaveta e a fecharia, ligaria a energia, fecharia a caixa de luz, sairia da sala e fecharia as portas atrás de mim. A única coisa que o jogo permite fazer, no entanto, é fechar as portas. Então quando o policial voltar ele verá as luzes desligadas, irá à sala do xerife para ligá-la, notará que as estantes da sala de provas estão vazias (já que os monitores de vigilância ficam na mesa do xerife), notas que a chave da sala de provas sumiu, ver que a porta da sala de provas está destrancada... Isso faria com que, em três segundos, ele desse mandado de prisão às duas pessoas que visitaram o prédio um minuto antes.
Embora esse jogo é baseado em um RPG, o jogo em si é mais aventura/quebra-cabeças. A história é linear, e como em qualquer jogo de aventura você tem que andar por aí, pegando qualquer coisa fora de lugar (e algumas que não estão). Seus agentes estão armados com bolsos infinitos, então você não terá problemas em levar suas posses com você. Isso inclui itens como um grande cesto de lixo de metal (bolso direito da frente) e uma árvore de três metros de altura (bolso esquerdo de dentro). O realismo meio que some neste ponto.
Outra coisa que poderia ser melhorada é a conversação. Diálogos demoram muito para terminar, e você não pode apressá-los. Então você tem que ter paciência em algumas cenas. Há ainda alguns problemas no jogo a serem mencionados. De tempos em tempos, o jogo vai falar e itens que não estão. A razão é simples: o item está agora no meu bolso, mas para o jogo ele ainda está na tela - as conhecidas imagens-fantasmas. Você também notará que os gráficos ficam torcidos às vezes (como quando você fecha a caixa de luz no vestiário do garoto de entregas, e fica uma mancha negra na parede onde deveria ficar a porta, mas o maior problema é a mesa de café de Eddie Houston: examinando-a você descobrirá que é, de fato, uma auto-via de mão dupla que vai para leste!
Quando o assunto é os gráficos do jogo, eles são bem atmosféricos e cinemáticos (excepto pelos "glitches" anteriormente mencionados). As animações são muito bonitas aos olhos, e a música no jogo aumenta o sentimento. De fato, a música é tão boa que o CD original do jogo trazia uma faixa musical também. Assim você poderia ouvir a música num aparelho de sim, se assim quisesse. O aspecto mais só confuso do jogo (pelo menos no início) é o controle, mas depois de um pequeno tempo fica fácil navegar pelo jogo. Todavia, devo mencionar algumas coisas para te proteger de sofrimentos. Para trocar de personagens você deve mover o cursor ao alto da tela e apertar o botão direito do rato. Isso vai levá-lo ao menu do agente, que lista inventário, habilidades especiais e os agentes em si. Clique no distintivo esquerdo ou direito para alternar entre eles. Todos os objectos interactivos mudarão a cor do cursor, e clicando com o botão direito você escolhe as opções possíveis, como abrir/fechar, mover, examinar, falar e por aí vai. Há também atalhos no teclado para acções comummente usadas, como (T)alk (falar) e (O)pen/close (abrir/fechar).
No mais, Bureau 13 é um jogo muito interessante. Os quebra-cabeças são difíceis o suficiente para fazer você raciocinar um pouco, e muito deles têm soluções lógicas. É um jogo que acho ser muito interessante para se jogar, e um que recomendo a qualquer um que gosta de jogos de aventura que faz você pensar. Só não espere por muito realismo.