O título deste jogo resume-o na perfeição: é sobre assalto e exploração. Imaginem um organismo cibernético perfeito, um robot, controlado por um cérebro humano, que é mantido num fluido de nutrição. Este é o mundo dos Comandantes de M.A.X. O universo conhecido é governada por "Concord", uma federação fraca de poderes rivais. A humanidade organizou-se em clãs e está à espera nas naves espaciais de diversos membros de "Concord", para serem enviados em missões de colonização. Conflitos em torno de planetas são resolvidos por unidades automáticas na superfície onde os Comandantes de M.A.X. controlam as unidades nas suas missões. Aquele que for bem sucedido e conseguir o domínio do planeta tem os direitos exclusivos de o colonizar; daí, este ser o objectivo do jogo. Existem dois meios de o conseguir. O primeiro consiste em aniquilar os oponentes (este é à "moda antiga"). O segundo consiste em juntar pontos de vitória que são conseguidos com a construção de eco-esferas.
O princípio básico do jogo não difere muito do dos jogos de estratégia por turnos a ele comparáveis. O jogador pode dar ordens às suas unidades para se deslocarem, atacarem ou executar acções especiais numa zona do mapa enquanto que três tipos de recursos têm de ser encontrados e recolhidos. Então o que torna M.A.X. tão único? Simplesmente tudo!
As opções estratégicas baseadas nas capacidades e fraquezas das unidades são numerosas. Basicamente todos os jogadores podem adquirir as mesmas unidades e edifícios, mas as suas características diferem ligeiramente de acordo com o clã a que pertencem. Dependendo das definições, o jogador pode produzir diferentes torres de defesa, unidades terrestres, marítimas ou aéreas e até unidades de espionagem, que são capazes de desactivar e capturar unidades inimigas. Não é possível conquistar edifícios inimigos. Se quiserem ainda mais, é possível fazer "upgrades" às unidades e edifícios quase de uma maneira ilimitada. Como ponto fraco há, ou melhor não há, qualquer linha de fogo ou variância de tiro ou dano enquanto se ataca. Qualquer disparo é um tiro certeiro causando o mesmo dano, mesmo que o inimigo se esconda atrás de paredes ou edifícios. O computador como oponente é realmente capaz de planear e construir a sua base e adaptar-se às tácticas dos seus inimigos. É totalmente inútil lançar um ataque com bombardeiros se as defesas anti-aéreas do inimigo se mantiverem intactas; e um batalhão de tanques não faz grande coisa se o inimigo tiver colocado minas por todo o lado, já que mesmo os tanques que possam sobreviver serão desactivados ou capturados pelas unidades adversárias infiltradas.
O jogo é controlado pelo rato ou por teclas de atalho. Há um botão de ajuda [?] para se obter rápidas (e às vezes surpreendentes) explicações sobre os diferentes elementos apresentados. É possível personalizar o ecrã através das opções para activar alguns filtros muito práticos; é possível fazer o mesmo com os ecrãs de resumo adicionais.
Há diversos modos de jogo. No modo de um jogador podem escolher entre "campanha", "missões singulares", "cenários" ou simplesmente começar um jogo "livre". Existem também diversas missões de treino bastante explícitas. No modo multi-jogador há cenários e também a opção de jogo "livre". As opções de jogo podem ser personalizadas de acordo com o modo de jogo. Isto inclui a qualidade dos adversários controlados pelo computador, as condições de vitória, o mapa do planeta, o clã e as unidades iniciais. O modo "simultâneo" permite a todos os jogadores agir ou reagir ao mesmo tempo, o que quase torna M.A.X. num jogo de estratégia em tempo real. As Alianças ou jogo em equipa não são permitidos, o que é um dos pontos fracos.
O "design" é espectacular. As acentuações de cores permitem contrastes e atmosfera sem que se tornem agressivos à vista. A escolha da vista de cima na janela principal faz com que os objectos careçam de alguma profundidade dimensional, havendo no entanto alguns detalhes interessantes.
As acções no jogo são acompanhadas de efeitos sonoros e também de mensagens faladas adicionais às escritas na janela principal. Ambos podem ser controlados ou até mesmo completamente desligados. Todos os sons são disponibilizados como ficheiros "*.wav", que deixam em aberto o espaço para experiências interessantes. O jogo é também acompanhado com uma música de fundo bastante sinistra.
O jogo corre no modo DOS e também em Windows 95/98. O "patch" (para a versão 1.04) está já instalado já que o jogo tenderia a bloquear ou a falhar de outro modo. Os sons são também limitados a certos dispositivos de som suportados. O modo multi-jogador suporta os protocolos IPX e TCP/IP, bem como as ligações directas ou através de modems. Como alternativa, os jogadores podem jogar alguns cenários ou um jogo "livre" com um apenas um computador, jogando à vez.
Aqueles que gostam de jogos de estratégia, ficarão entusiasmados com este jogo realmente viciante. Eu atribuo-lhe 4 pontos (teriam sido 5 se houvessem as tais linhas de fogo). Especialmente as quase inacreditáveis de personalizar o jogo tornam-no interessante mesmo quando é jogado muitas vezes.
NOTA
Os ficheiros de som, musica e sequencias filmadas tiveram que ser removidas para podermos manter o arquivo de jogo pequeno e acessível... mas na verdade, desde quando é que os ciborgues precisam de musica?
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